sexta-feira, 23 de março de 2012

Funcionalidade da vila de Mondim, para onde caminhas?!

Pensar em Mobilidade Urbana Sustentável não se circunscreve apenas em responder a questões relacionadas com os aspetos relativos ao transporte e trânsito. Requer, acima de tudo, em projetar e dar continuidade a uma série de iniciativas que integram e interagem com agentes públicos e privados locais. Estes devem ser traçados com diretrizes que envolvam a combinação das políticas de uso do solo, do ambiente urbano, do transporte, do trânsito de veículos, sem descuidar a variável mais importante que é o ser humano.
Neste contexto, atualmente, não se  pode desprezar todos os sistemas de escoamentos de águas pluviais, a que se acresce  uma relação de segurança entre o trânsito e os peões.
As obras que estão a ser executadas na Vila de Mondim de Basto revelam e demonstram uma total desorganização do executivo camarário na execução do projeto, bem como uma falta de sensibilidade no que respeita à mobilidade urbana.

Em qualquer canto da Vila, o tema de conversa gira sobre as malfadadas obras de Regeneração Urbana que não escondem aos olhares atentos, e são bastantes, as várias falhas que apresentam, sobretudo no estrangulamento das vias, aquando dos ângulos de viragem, nas indicações dos sentidos obrigatórios que devemos seguir. Neste sentido, passamos a descrever alguns dos casos mais insólitos, que merecem figurar no « Isto, só vídeo ».
Está bem patente que a rotunda - que mais parece a “Rosa dos Ventos” – junto ao posto da Galp irá condicionar a mudança de direção de alguns veículos, nomeadamente os de grande dimensão. Já é facto consumado, que os camiões que vêm descarregar combustível no posto Galp, não conseguem sair em frente sem galgar o passeio, ou então, são obrigados a recuar e a voltar a entrar na via. Situações como estas são muitas e já objeto de reclamação.

No que respeita aos sentidos obrigatórios, verifica-se que quem abastece no referido posto da Galp não pode seguir logo em direção a rua José Maria de Alpoim. É obrigado a ir até aos Bombeiros Voluntários e voltar praticamente ao local onde se encontrava. Isto é simplesmente absurdo dada a proximidade da “rotunda”. Perturbante é que esta rotunda e outras vias não permitirão uma viragem correta de um veículo de média e grande dimensão sem subir os lancis dos passeios.
Sintomático é confluir para a rotunda da Igreja todo o trânsito de várias artérias, cruzando quem sai do estacionamento da Escola/Campo de Futebol, quem vem de Vilar de Viando,  da GNR, da Av. Dr. Augusto Brito,  da Av. Da Igreja, portanto,  canalizando  todas essas vias para para uma única rotunda.  Na época do Verão e nos  eventos que atraem multidões, certamente  que se verificará  um congestionamento infernal, com os incómodos que já se poderão adivinhar.

 É notório que o estrangulamento das vias e o estacionamento em espinha na Av. Dr. Augusto Brito tornou a visibilidade dos condutores mais reduzidas ou até nula. Quando um veículo tiver ao seu lado uma viatura de maior dimensão, irá com certeza dificultar a sua saída e, provavelmente, proporcionar mais acidentes, como já aconteceu.
Devido ao estrangulamento e à falta de local para cargas e descargas em algumas vias, a interrupção do trânsito e o seu congestionamento tem causado esperas e embaraços diversos.
 A qualidade de alguns materiais que estão a ser aplicados denota imprecisões, irregularidades e fragilidade que saltam à vista. Alguns já estão partidos e outros, brevemente, para lá caminharão a breve trecho, destacando-se uma estética que nos tempos que correm merecia melhor.

Em suma, este projeto demonstra claramente que este executivo não teve uma visão ambiciosa. Teve a oportunidade de levantar os pavimentos, poderia ter contactado empresas para a instalação do Gás Natural e de Fibra Ótica, que fariam a instalação dessas infraestruturas a baixo custo e, bem negociado, até poderia conseguir a custo zero.   Não teve a capacidade de prever e resolver alguns erros de projeto, que agora se observam, que não garantem uma boa funcionalidade da vila e irá prejudicar o comércio local.


 



Comissão Política do CDS-PP de Mondim de Basto

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