quarta-feira, 14 de novembro de 2012


Agregação das Freguesias em Mondim de Basto:
“Sem proposta”, PS conquista militante do PSD

 

“Quem não tem cão, caça com gato”! Este poderá ser o ditado popular que melhor caracteriza a condução e desfecho (pelo executivo camarário PS) do processo da reforma administrativa no concelho de Mondim de Basto.

Em época de decisões importantes para os destinos do concelho de Mondim de Basto, com a Lei da Agregação das Freguesias, o executivo camarário do PS inicialmente fez uso da cadeira de espectador, abdicando do poder que lhe foi confiado pelo povo para gerir os destinos deste concelho. Demitiu-se das suas funções de tomar decisões, enquanto primeiros responsáveis, com o objetivo de lançar a guerrilha para a Assembleia Municipal. Em ultimo recurso, as tomadas de decisão passariam para Lisboa! O CDS-PP coloca aqui a primeira questão: Quando nos é dada uma oportunidade de tomar decisões pelo futuro do nosso concelho, que é um direito, tantas vezes reclamado, demite-se o executivo desse papel, contrariando a lei?

Certo é que o CDS-PP não se demitiu, não deixou que essa posição fosse tomada por aqueles que não conhecemos e que não nos conhecem. Não se privou o CDS-PP de apoiar o concelho na necessidade de tomar decisões. Não se inibiu o CDS-PP de apresentar uma proposta coerente com a organização do território baseado nas orientações estratégicas da Lei, ouvindo as pessoas, primando em primeiro lugar pelo seu bem-estar e pelas suas necessidades, com critérios objetivos, que passavam por preservar as freguesias mais distantes, sem transportes públicos, com maior desertificação e com menos recursos. Não permitiu o CDS-PP que fosse colocado, em momento algum, a oportunidade politica em primeiro lugar. Primeiro está o povo, depois estará o partido e as suas oportunidades. Outros assim não o fizeram, e isto é sintomático do que se passará no futuro!

Para espanto verificou-se na última assembleia municipal o maior “caldinho” possível, entre alguns militantes do PSD e PS, dois partidos que nos pareciam antagónicos na defesa das suas ideologias e estratégias políticas, mas que afinal, alguns dos seus membros, se complementam pela irresponsabilidade na situação económica e social que enfrentamos. E é aqui que nos apercebemos que afinal o executivo também era participante! Temos afinal um espectador-participante!

Pois bem, é neste panorama que o CDS-PP se depara com um dos melhores engenhos políticos municipais dos últimos tempos, temperado com uma proposta falaciosa do Presidente da Junta de Paradança, que propunha a agregação da freguesia de Campanhó e Paradança, apresentando um abaixo assinado viciado, que não respeita a verdade material, com folhas assinadas sem o assunto a subscrever e com signatários de menor idade, 13 e 16 anos. Com este documento onde a veracidade é claramente duvidosa, pretende assim, a desanexação de lugares da freguesia de Ermelo (Ponte d´Ólo e Carrazeda de Ermelo), sem o conhecimento do Presidente da Junta desta última freguesia. Coloca aqui o CDS-PP a segunda e terceira questão: Deverá a Sra. Presidente da Assembleia Municipal aceitar uma proposta para votação, com documentos que suscitam dúvidas de veracidade legal e com declarações de falta de conhecimento por parte de quem nelas supostamente participa?

O CDS-PP não se opõe à vontade dos moradores no seu destino, muito pelo contrário! Contudo, considera que houve uma condução ilegal do processo, existindo para tal outros moldes legais para a desanexação. Esses moldes não estão comtemplados na atual lei da reforma administrativa e como tal viola os princípios consignados no âmbito da Lei 22/2012 de 30 de Maio.

Num golpe teatral dramático, passa-se à votação das propostas, onde é aprovada a proposta apresentada pelo Sr. Presidente da Junta de Paradança (atual candidato pelo PSD), com todas as suas incoerências legais e na qual, a maioria dos membros do PS na assembleia municipal, contrariando o parecer do seu executivo camarário, entra em cena e vota a favor. Coloca aqui o CDS-PP a terceira e quarta questão: A linha de pensamento e estratégia dos deputados PS não é a mesma do executivo camarário? À não existência de uma proposta vota-se a proposta do Presidente da Junta de Paradança a que propósito? Afinal o PS era contra a lei e favor da continuidade do mapa municipal! Não tinham proposta! Coloca-se agora a derradeira questão: Terá o executivo camarário e o PS conquistado o Presidente da Junta de Paradança, podendo colocar-se a hipótese de este se candidatar nas próximas eleições como militante PS? Ou seja, na falta de melhor proposta na comitiva PS há que votar as do militante PSD ou seja “Quem não tem cão, caça com gato”! Julgue quem sabe!

 

O Presidente da Concelhia do CDS-PP

Mondim de Basto

Fernando Gomes

 

Festival prossegue esta semana com mais 4 concertos no Centro Cultural Vila Flor
Randy Brecker e a big band alemã WDR encerram o Guimarães Jazz 2012
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Passada a primeira semana do festival, repleta de acontecimentos jazzísticos pela cidade, com concertos memoráveis e lotações esgotadas, o Guimarães Jazz regressa em força já esta quarta-feira. A segunda semana de concertos abre com uma formação inédita que reúne um grupo impressivo de músicos emergentes na cena jazzística nova-iorquina. Esta formação, criada pelo saxofonista Jacam Manricks a convite do Guimarães Jazz, atuará na noite de quarta-feira sendo, ao mesmo tempo, responsável pela orientação das oficinas de jazz e pela condução das jam sessions que, esta semana, se realizam no Café Concerto do Centro Cultural Vila Flor. Jacam Manricks é um saxofonista australiano, de ascendência portuguesa, e uma figura emergente da cena jazzística de Nova Iorque. No Guimarães Jazz 2012 estará acompanhado pelo pianista Randy Ingram, o guitarrista Raoul Bjorkenheim, o contrabaixista Gianluca Renzi e o baterista Ross Pederson.
Na quinta-feira realiza-se a sétima edição do Projeto TOAP/Guimarães Jazz que, este ano, propõe um trabalho conjunto entre o músico João Paulo Esteves da Silva e a cada vez mais prestigiada Orquestra Jazz de Matosinhos, que irá interpretar composições da autoria do mencionado pianista e compositor. Nesta edição, o Guimarães Jazz redefiniu os contornos desta colaboração e, em vez do encontro entre jovens músicos de jazz nacionais e internacionais, optou por centrar a atenção num corpo de trabalho musical e artístico, oferendo a um músico português a possibilidade de ocupar um espaço raro em eventos de jazz com esta natureza. Como habitualmente, o concerto será gravado e posteriormente editado em formato discográfico. O programa inclui temas da autoria de João Paulo Esteves da Silva, com arranjos de Carlos Azevedo (“Certeza” e “Bela senão sem”), Pedro Guedes (“Tristo”, “Fado Menor” e “Canção Açoriana”), uma canção tradicional sefardita harmonizada pelo pianista, com arranjo de Pedro Guedes (“Moche Salyo Misraim”), e um sétimo tema, “A Candeia”, escrito e orquestrado pelo próprio pianista. No final do concerto, será lançada a edição discográfica da gravação do concerto do festival transato que contou com a participação do pianista Óscar Graça, o contrabaixista Demian Cabaud e três representantes do jazz nova-iorquino: Akiko Pavolka (voz e fender rhodes), Nate Radley (guitarra) e Jochen Rueckert (bateria).
O penúltimo dia do Guimarães Jazz será preenchido pelo concerto dos The Jazz Passengers. Este espetáculo insere-se no contexto da reunião do grupo após um período de hibernação de 12 anos e releva da incontornável influência da sua música no jazz atual. Nele, os The Jazz Passengers irão apresentar-se com um alinhamento de músicos composto pelos seus dois líderes e fundadores, Roy Nathanson (saxofone) e Curtis Fowlkes (trombone), bem como pelos elementos da formação original Bill Ware (vibrafone), Brad Jones (contrabaixo) e E.J. Rodriguez (bateria), aos quais se junta o violinista Sam Bardfeld (em substituição de Jim Nolet). Nesta versão “Re-United” lamenta-se apenas a ausência do excecional Marc Ribot que, detentor de uma linguagem inimitável, obrigou à exclusão da guitarra na segunda vida dos The Jazz Passengers, a qual, mesmo assim, devemos celebrar intensamente porque será, por certo, um dos momentos altos do festival.
No dia 17 de novembro, o trompetista Randy Brecker encerra a edição de 2012 do Guimarães Jazz acompanhado pela big band alemã WDR. Músico prolífico e extraordinariamente versátil, Brecker é, atualmente, uma figura respeitada não apenas no jazz mas também noutros universos musicais, sendo de assinalar a sua capacidade de equilíbrio entre uma postura de abertura a colaborações com músicos oriundos de territórios artísticos muito díspares (casos de Frank Zappa, Yoko Ono, Stevie Wonder, Jaco Pastorius Dave Liebman e Charlie Mingus, com quem gravou o seu último álbum, “Me Myself and Eye”) e, ao mesmo tempo, mantendo o seu compromisso de dedicação à sua própria música e composições. No concerto de encerramento do Guimarães Jazz 2012, Randy Brecker interpretará composições suas, acompanhado pela prestigiada big band alemã WDR, com quem o trompetista colaborou na gravação do álbum ao vivo “Some Skunk Funk”, de 2006, e que contou com a participação, entre outros, do seu irmão Michael Brecker (entretanto já falecido), do baterista Peter Erskine e do condutor e arranjador Vince Mendoza.
Todos os concertos terão lugar no Centro Cultural Vila Flor, às 22h00. Os bilhetes podem ser adquiridos no Centro Cultural Vila Flor, nas lojas Fnac, no El Corte Inglês, nas entidades aderentes da Bilheteira Online, no facebook do CCVF através da aplicação “Bilhetes”, bem como no site www.ccvf.pt onde poderá consultar toda a programação.