Agregação
das Freguesias em Mondim de Basto:
“Sem
proposta”, PS conquista militante do PSD
“Quem não tem cão, caça com gato”! Este
poderá ser o ditado popular que melhor caracteriza a condução e desfecho (pelo
executivo camarário PS) do processo da reforma administrativa no concelho de
Mondim de Basto.
Em época de decisões importantes para
os destinos do concelho de Mondim de Basto, com a Lei da Agregação das
Freguesias, o executivo camarário do PS inicialmente fez uso da cadeira de
espectador, abdicando do poder que lhe foi confiado pelo povo para gerir os
destinos deste concelho. Demitiu-se das suas funções de tomar decisões,
enquanto primeiros responsáveis, com o objetivo de lançar a guerrilha para a
Assembleia Municipal. Em ultimo recurso, as tomadas de decisão passariam para
Lisboa! O CDS-PP coloca aqui a primeira questão: Quando nos é dada uma
oportunidade de tomar decisões pelo futuro do nosso concelho, que é um direito,
tantas vezes reclamado, demite-se o executivo desse papel, contrariando a lei?
Certo é que o CDS-PP não se demitiu,
não deixou que essa posição fosse tomada por aqueles que não conhecemos e que
não nos conhecem. Não se privou o CDS-PP de apoiar o concelho na necessidade de
tomar decisões. Não se inibiu o CDS-PP de apresentar uma proposta coerente com
a organização do território baseado nas orientações estratégicas da Lei,
ouvindo as pessoas, primando em primeiro lugar pelo seu bem-estar e pelas suas
necessidades, com critérios
objetivos, que passavam por preservar as freguesias mais distantes, sem
transportes públicos, com maior desertificação e com menos recursos. Não permitiu o CDS-PP que fosse
colocado, em momento algum, a oportunidade politica em primeiro lugar. Primeiro
está o povo, depois estará o partido e as suas oportunidades. Outros assim não
o fizeram, e isto é sintomático do que se passará no futuro!
Para espanto verificou-se na última
assembleia municipal o maior “caldinho”
possível, entre alguns militantes do PSD e PS, dois partidos que nos
pareciam antagónicos na defesa das suas ideologias e estratégias políticas, mas
que afinal, alguns dos seus membros, se complementam pela irresponsabilidade na
situação económica e social que enfrentamos. E é aqui que nos apercebemos que
afinal o executivo também era participante! Temos afinal um
espectador-participante!
Pois bem, é neste panorama que o CDS-PP
se depara com um dos melhores engenhos políticos municipais dos últimos tempos,
temperado com uma proposta falaciosa do Presidente da Junta de Paradança, que
propunha a agregação da freguesia de Campanhó e Paradança, apresentando um abaixo
assinado viciado, que não respeita a verdade material, com folhas assinadas sem
o assunto a subscrever e com signatários de menor idade, 13 e 16 anos. Com este
documento onde a veracidade é claramente duvidosa, pretende assim, a
desanexação de lugares da freguesia de Ermelo (Ponte d´Ólo e Carrazeda de
Ermelo), sem o conhecimento do Presidente da Junta desta última freguesia.
Coloca aqui o CDS-PP a segunda e terceira questão: Deverá a Sra. Presidente da
Assembleia Municipal aceitar uma proposta para votação, com documentos que
suscitam dúvidas de veracidade legal e com declarações de falta de conhecimento
por parte de quem nelas supostamente participa?
O CDS-PP não se opõe à vontade dos
moradores no seu destino, muito pelo contrário! Contudo, considera que houve
uma condução ilegal do processo, existindo para tal outros moldes legais para a
desanexação. Esses moldes não estão comtemplados na atual lei da reforma
administrativa e como tal viola os princípios consignados no âmbito da Lei
22/2012 de 30 de Maio.
Num golpe teatral dramático, passa-se à votação das
propostas, onde é aprovada a proposta apresentada pelo Sr. Presidente da Junta
de Paradança (atual candidato pelo PSD), com todas as suas incoerências legais
e na qual, a maioria dos membros do PS na assembleia municipal, contrariando o
parecer do seu executivo camarário, entra em cena e vota a favor. Coloca aqui o CDS-PP a terceira e
quarta questão: A linha de pensamento e estratégia dos deputados PS não é a
mesma do executivo camarário? À não existência de uma proposta vota-se a
proposta do Presidente da Junta de Paradança a que propósito? Afinal o PS era
contra a lei e favor da continuidade do mapa municipal! Não tinham proposta!
Coloca-se agora a derradeira questão: Terá o executivo camarário e o PS
conquistado o Presidente da Junta de Paradança, podendo colocar-se a hipótese
de este se candidatar nas próximas eleições como militante PS? Ou seja, na
falta de melhor proposta na comitiva PS há que votar as do militante PSD ou
seja “Quem não tem cão, caça com gato”! Julgue quem sabe!
O Presidente da Concelhia do
CDS-PP
Mondim de Basto
Fernando Gomes