CDS-PP DE MONDIM DE
BASTO NÃO COMPREENDE E OPÕE-SE AO ENCERRAMENTO DO TRIBUNAL DE MONDIM.
COMUNICADO
Já na
última Assembleia Municipal o CDS-PP chamou a atenção para as drásticas e
injustas medidas que se estariam a preparar no Novo Mapa Judiciário e que
poderiam acarretar a extinção da Comarca de Mondim e o consequente fecho do
nosso Tribunal.
As
notícias então divulgadas apontavam para a possibilidade de no Novo Mapa se
propor à senhora Ministra da Justiça não apenas o encerramento de 4 Tribunais
no Distrito de Vila Real mas sim de 6, ou seja, metade dos existentes no
Distrito.
Um dos
dois outros Tribunais a extinguir era precisamente o de Mondim de Basto, não abrangido
no projecto inicial pois cumpria as condições dos critérios estabelecidos para
os Tribunais a manter.
Sem que
se possam compreender ou, muito menos, aceitar os motivos da alteração foi agora
anunciado o citado alargamento de 4 para 6 e o fecho do nosso Tribunal.
Injusto
acto que merece ao CDS-PP de Mondim de Basto o maior repúdio, pelo que
representa de desrespeito pelos direitos dos mondinenses.
Porque,
mesmo reconhecendo o estado catastrófico em que os sucessivos governos do PS
deixaram as finanças do país, não podemos aceitar que o seu reequilíbrio se
faça à custa dos direitos e bem estar de populações continuadamente ignoradas pelo
desinteresse dos poderes centrais.
E não
pode nem deve a senhora Ministra ignorar as consequências negativas que este encerramento
acarreta, atirando os mondinenses para marchas forçadas de mais de 50
quilómetros, por estradas de segunda, para Vila Real, para onde nem sequer
existem transportes públicos directos. Ou noutros casos para Chaves, ainda mais
distante.
Esta
violência é, à partida, uma sentença injusta e uma punição injustificada que
está, muito legitimamente, a indignar e revoltar as populações do concelho de
Mondim, com as quais o CDS-PP deste Concelho se têm de solidarizar, pela
obrigação que assumiu, e mantêm, de lutar por uma melhoria de condições da sua
população.
Do mesmo
modo que se indigna e revolta com igual ou superior veemência, contra o
aproveitamento político do PS pretendendo branquear as suas responsabilidades
na catastrófica situação em que deixou o país e que o levou a assinar o
memorando da Troika que previa já um Novo Mapa Judiciário.
Ou,
pior, quando é sabido que já em 2005 e 2007 o governo do PS, num outro Mapa
Judiciário propunha encerrar o Tribunal de Mondim. Muito antes, pois, de se ter
comprometido com a Troika às brutais medidas necessárias para retirar o país da
ruína económica para que havia sido atirado pela impreparação e inconsciência
de Sócrates.
O que
torna ainda mais farisaicas as atitudes dos autarcas socialistas que esquecendo
ou, pior, querendo branquear o que desde há muito o PS projectava fazer, se
mostram agora aparentemente indignados com o fecho dos tribunais.
Face, ao
que sempre tem assumido como dever interventivo, o CDS-PP não se limita, no
entanto, a criticar ou protestar, mas sim procura propor soluções, algumas das
quais se encontram no seu programa para a área da Justiça, como seja a
implementação de Juízes itinerantes cuja mobilidade evitaria as dificultosas
deslocações das populações.
Implementar
soluções como estas ou outras que protejam os direitos e o bem estar das
populações é uma obrigação de quem governa. Porque, independentemente de
pareceres técnicos que sustentem soluções tão brutais como as que agora se
pretendem consignar no Novo Mapa Autárquico, os governantes têm o dever de
minimizar as assimetrias regionais, e promover o equilíbrio das condições de
vida das respectivas populações.
Convindo
ainda não ignorar que o fecho do Tribunal agora decidido é meio caminho andado
para comprometer o futuro de Mondim como concelho, fragilizado como ficará a
uma mais apertada malha de condições que mais tarde o avaliará, como agora
avalia as freguesias , e que poderá levar à sua fusão ou extinção.
Por tudo
isso, sem quebra dos deveres de solidariedade devidos a quem participa agora na
difícil tarefa governativa de retirar o país das cinzas em que o PS o deixou
enterrado, o CDS-PP de Mondim de Basto tem a obrigação de vir protestar contra
tão injusta brutalidade administrativa e solicitar que esta seja revista e
reajustada.
A
COMISSÃO CONCELHIA DO CDS-PP DE MONDIM DE BASTO
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