segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

5ª Edição da Matança do Porco da Freguesia de Mondim de Basto

 Mais uma vez ninguém ficou alheio à festa da tradição que se veio instalar em Mondim de Basto de comemorar a matança do porco, a exemplo do que acontece e acontecia em muitas aldeias minhotas e transmontanas. Era um acontecimento importante, que ocorria desde Dezembro a Fevereiro nas casas tradicionais portuguesas, que aproveitavam todos os condimentos desta carne suculenta para, por um lado, alimentar as bocas ao longo do ano, já que escasseava a carne, e por outro, preparar os enchidos e a afamada orelheira tão típica do domingo gordo e da terça-feira do Entrudo. Aliás a boa gastronomia portuguesa não fica indiferente às iguarias que dele resultam e fazem as nossas delícias: farinheiras, moiras, chouriças, costelas, rojões, salpicões e presuntos que faziam fartura e força para os trabalhos agrícolas.
Assim, nada melhor do que iniciar com uma caminhada programada a que o bom tempo nos brindou e se associou como um dia de primavera que já se avizinha. Do Parque de Campismo de Mondim de Basto deu-se o sinal de partida às tropas que rumaram ao desconhecido e belo que a natureza esconde e a aventura da descoberta nos motiva para as mãos de pequenos paraísos que ainda pairam nesta terra cheia de ilusões. O grupo era constituído por cerca de 130 pessoas vindas de vário lugares do norte do país,
Seguimos trilhos num trajecto ora acentuado, ora plano com o horizonte da Senhora da Graça a abençoar-nos como peregrinos em direcção ao alto. Reinava a harmonia e tranquilidade nestes ares despidos de inovação tecnológica, serpenteando rotas campestres e casinhas de pedra. Fomos contemplando e observando os vales, as paisagens verdejantes, as levadas, moinhos, calcorreando esconderijos silenciosos que vão perdendo a virgindade para o renascer da vida no eco dos passos que seguem em fila indiana. Desviamos para o lugar de Pedra Vedra onde espera um verdadeiro Mata Bicho à moda antiga que foi servido numa casa rural - cedida gentilmente pelo Sr. Francisco Vilas-Boas – que contemplava umas deliciosas pataniscas, broa caseira, febras de porco grelhadas tiradas na hora da peça, vinho verde e o famoso café no pote e, até houve tempo para dançar ao som da concertina do tocador, Luis da Etelvina.
De seguida descemos para o vale do Tâmega, artéria hidríca da nossa região que infelizmente será extinguido pela força do Poder Central e interesses económicos deste país que não olha a meios para atingir seus fins. Seguiu-se na direcção do lugar de Rebufa passando pela Vila com destino final no Parque de Campismo para o reconfortante almoço com as partes do porco. Abrigados bebemos, comemos, e o porco no espeto foi lentamente desaparecendo com o pão. Entretanto, a animação do feita pelo Tocado da Banda André proporcionou um alegre convívio que ajudou à digestão e a uma tarde cheia de dança e encanto.
Esta iniciativa da Junta de Freguesia com a parceria do Parque de Campismo, tem vindo ao longo destes 5 anos a solidificar os seus objectivos, dinamizar e atrair turistas por forma a conhecer a nossa terra e seus costumes. Neta 5ª Edicção, associaram-se cerca de 200 pessoas, campistas, grupos de caminheiros de Fafe, Matosinhos, Porto, Guimarães entre outros lugares.
A Organização, agradece a todos os participantes pela presença e o reconhecimento manifestado na nossa organização. Esta é a razão que nos motiva a continuar a trabalhar pelos nossos ideias na promoção turística e de lazer que o nosso pequeno e valiosíssimo recanto proporciona. Desde já, fica aqui o convite para o próximo programa, 25 DE ABRIL.

O Executivo

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