quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Café Concerto do CCVF encerra 2012 com Land of Light e Salto
SALTO_©Paulo Cunha Martins_IMG_IX.jpg

No próximo mês de dezembro, o Café Concerto do Centro Cultural Vila Flor chega ao fecho de mais um ano de programação intenso, especial e estruturante. Um ano de afirmação de Guimarães na Europa e no mundo. A todas as escalas. E no cumprimento do seu objetivo muito concreto, o Café Concerto do CCVF foi palco de várias apresentações de projetos contemporâneos, sempre com o mesmo denominador comum: talento. E assim seguirá até ao final do ano.
Desta feita, o Café Concerto do espaço cultural vimaranense entra em dezembro com a belíssima proposta dos britânicos Land of Light (dia 08), constituídos por Jonny Nash e Kyle Martin. Os Land of Light nasceram do desejo compartilhado por Nash e Martin de criar música atemporal, entregando-se de coração e alma à sua música enquanto aprimoram meticulosamente a sua arte em estúdio. Este projeto não tem nenhum conceito preconcebido para além do fluxo simples e natural da sua colaboração. O álbum de estreia pela nova-iorquina ESP, que trazem ao Café Concerto do CCVF, foi composto, interpretado e misturado inteiramente nos estúdios da dupla, no norte de Londres, ao longo dos últimos três anos, tendo já sido objeto de rasgados elogios pela crítica internacional especializada. Além deste projeto de estúdio, os Land of Light têm cultivado espetáculos ao vivo através de um pequeno conjunto de baterias eletrónicas e sintetizadores analógicos, permitindo-lhes improvisar e retrabalhar a sua música numa variedade de contextos. Um concerto certamente a ter em conta.
No fecho da programação deste ano, o Café Concerto do CCVF recebe uma das bandas revelação de 2012 em Portugal, os Salto (dia 15), colocando uma vez mais o talento nacional em evidência. Os Salto fazem parte duma nova geração de músicos portugueses que não se envergonham da sua própria língua e lhe têm dado uma vida nova, ao usá-la na sua busca para encontrar a canção perfeita, a plena expressão do seu talento. São muitos os projetos que nos últimos anos têm contribuído para a inquestionável afirmação do português como língua pop, mas os Salto são um caso único, porque neles tudo é pop – língua, postura e linguagem. Guilherme Tomé Ribeiro e Luís Montenegro fazem, como outros da sua geração, canções em português, simples e diretas, com melodias que nos agarram à primeira, como mandam os livros. O que os torna únicos é a modernidade do seu som, a amálgama de influências que absorvem para nos darem uma música cheia de personalidade e profundamente atual. No seu álbum de estreia, homónimo, produzido por New Max e editado no passado mês de julho, podemos encontrar as grandes melodias e harmonias vocais do melhor dos anos 60, pitadas certeiras dos New Order e dos Pet Shop Boys que tanto marcaram os 80, programações rítmicas carregadas de groove que nos remetem para as pistas de dança tão em voga nos 90 e uma reutilização da eletrónica de sabor analógico que tanto se aproxima do novo Boogie de Dâm-Funk como do pós-Dubstep de James Blake, tudo ao serviço de canções que contagiam, com uma consistência invulgar para gente que ainda agora entrou na idade dos vinte.
Ambos os concertos têm início marcado para as 24h00 e os bilhetes têm o custo de 4 euros, encontrando-se à venda na bilheteira do Centro Cultural Vila Flor, em todas as lojas Fnac, no El Corte Inglés, na página facebook do CCVF através da aplicação "BILHETES", nas entidades aderentes da Bilheteira Online, bem como no sítio www.ccvf.pt, onde é possível consultar toda a programação.
Pedidos de acreditação devem ser dirigidos a Bruno Barreto.
As fotografias relativas aos espectáculos podem ser descarregadas através do seguinte link: http://wtrns.fr/roiqgRM174P83z

“Mondim para Todos” ou só para alguns?


Muitos mondinenses esperavam que o atual executivo do partido Socialista cumprisse as orientações do seu programa eleitoral e pusesse em prática a premissa, que se pensava autêntica e verdadeira, de “ Um Mondim para todos “ e não apenas para alguns. Na verdade, esta constatação que se revelou interessante, sonora e pretensiosa ficou resguardada no discurso eleitoral, pois na prática as ações mostram precisamente o contrário.
Se há crítica passível de ser aceitável é que o atual executivo teve a possibilidade de demonstrar que era diferente e que agia na base da responsabilidade e do interesse do concelho, atuando com transparência e verdade, dando primazia a uma atuação isenta. Ora, estas boas intenções foram-se esfumando ao longo dos tempos, tendo-se assistido a algumas intervenções e obras que proporcionam dúvidas na rapidez e necessidade com que foram executadas, face a outras que requeriam uma intervenção mais urgente no tempo e no interesse municipal.
Não obstante ser discutível os critérios que levam à realização da execução de obras pela autarquia, em detrimento de outras, a nossa pretensão é que sejam realizadas e sirvam as populações.
Enquanto oposição, é tarefa dos vereadores uma fiscalização às ações do executivo municipal no que refere a licenciamentos e concursos de obras a executar pelo município, cumprindo com rigor e verdade o princípio da transparência. Nesta medida, todos os concursos devem estar publicitados na plataforma www.anogov.pt, antes que as obras sejam executadas. Estranhamente, verificamos que este procedimento concursal não foi cumprido relativamente a algumas obras já concretizadas no Concelho.
Neste sentido, se algumas das obras nos mereciam algumas reticências, com mais dúvidas ficamos perante a ausência do objeto de concurso e contrato, dado que, ao momento, não apareceram inscritas na referida plataforma.
Perante a falta de tal transparência, os Vereadores do CDS-PP apresentaram na última reunião de câmara de 26 de novembro, um pedido de esclarecimentos, reforçado de seguida com a entrada nos serviços da câmara municipal de um requerimento escrito solicitando todos os atos processuais destas obras espalhadas pelo concelho.

Concelhia do CDS-PP de Mondim de Basto
Fernando Gomes

quarta-feira, 14 de novembro de 2012


Agregação das Freguesias em Mondim de Basto:
“Sem proposta”, PS conquista militante do PSD

 

“Quem não tem cão, caça com gato”! Este poderá ser o ditado popular que melhor caracteriza a condução e desfecho (pelo executivo camarário PS) do processo da reforma administrativa no concelho de Mondim de Basto.

Em época de decisões importantes para os destinos do concelho de Mondim de Basto, com a Lei da Agregação das Freguesias, o executivo camarário do PS inicialmente fez uso da cadeira de espectador, abdicando do poder que lhe foi confiado pelo povo para gerir os destinos deste concelho. Demitiu-se das suas funções de tomar decisões, enquanto primeiros responsáveis, com o objetivo de lançar a guerrilha para a Assembleia Municipal. Em ultimo recurso, as tomadas de decisão passariam para Lisboa! O CDS-PP coloca aqui a primeira questão: Quando nos é dada uma oportunidade de tomar decisões pelo futuro do nosso concelho, que é um direito, tantas vezes reclamado, demite-se o executivo desse papel, contrariando a lei?

Certo é que o CDS-PP não se demitiu, não deixou que essa posição fosse tomada por aqueles que não conhecemos e que não nos conhecem. Não se privou o CDS-PP de apoiar o concelho na necessidade de tomar decisões. Não se inibiu o CDS-PP de apresentar uma proposta coerente com a organização do território baseado nas orientações estratégicas da Lei, ouvindo as pessoas, primando em primeiro lugar pelo seu bem-estar e pelas suas necessidades, com critérios objetivos, que passavam por preservar as freguesias mais distantes, sem transportes públicos, com maior desertificação e com menos recursos. Não permitiu o CDS-PP que fosse colocado, em momento algum, a oportunidade politica em primeiro lugar. Primeiro está o povo, depois estará o partido e as suas oportunidades. Outros assim não o fizeram, e isto é sintomático do que se passará no futuro!

Para espanto verificou-se na última assembleia municipal o maior “caldinho” possível, entre alguns militantes do PSD e PS, dois partidos que nos pareciam antagónicos na defesa das suas ideologias e estratégias políticas, mas que afinal, alguns dos seus membros, se complementam pela irresponsabilidade na situação económica e social que enfrentamos. E é aqui que nos apercebemos que afinal o executivo também era participante! Temos afinal um espectador-participante!

Pois bem, é neste panorama que o CDS-PP se depara com um dos melhores engenhos políticos municipais dos últimos tempos, temperado com uma proposta falaciosa do Presidente da Junta de Paradança, que propunha a agregação da freguesia de Campanhó e Paradança, apresentando um abaixo assinado viciado, que não respeita a verdade material, com folhas assinadas sem o assunto a subscrever e com signatários de menor idade, 13 e 16 anos. Com este documento onde a veracidade é claramente duvidosa, pretende assim, a desanexação de lugares da freguesia de Ermelo (Ponte d´Ólo e Carrazeda de Ermelo), sem o conhecimento do Presidente da Junta desta última freguesia. Coloca aqui o CDS-PP a segunda e terceira questão: Deverá a Sra. Presidente da Assembleia Municipal aceitar uma proposta para votação, com documentos que suscitam dúvidas de veracidade legal e com declarações de falta de conhecimento por parte de quem nelas supostamente participa?

O CDS-PP não se opõe à vontade dos moradores no seu destino, muito pelo contrário! Contudo, considera que houve uma condução ilegal do processo, existindo para tal outros moldes legais para a desanexação. Esses moldes não estão comtemplados na atual lei da reforma administrativa e como tal viola os princípios consignados no âmbito da Lei 22/2012 de 30 de Maio.

Num golpe teatral dramático, passa-se à votação das propostas, onde é aprovada a proposta apresentada pelo Sr. Presidente da Junta de Paradança (atual candidato pelo PSD), com todas as suas incoerências legais e na qual, a maioria dos membros do PS na assembleia municipal, contrariando o parecer do seu executivo camarário, entra em cena e vota a favor. Coloca aqui o CDS-PP a terceira e quarta questão: A linha de pensamento e estratégia dos deputados PS não é a mesma do executivo camarário? À não existência de uma proposta vota-se a proposta do Presidente da Junta de Paradança a que propósito? Afinal o PS era contra a lei e favor da continuidade do mapa municipal! Não tinham proposta! Coloca-se agora a derradeira questão: Terá o executivo camarário e o PS conquistado o Presidente da Junta de Paradança, podendo colocar-se a hipótese de este se candidatar nas próximas eleições como militante PS? Ou seja, na falta de melhor proposta na comitiva PS há que votar as do militante PSD ou seja “Quem não tem cão, caça com gato”! Julgue quem sabe!

 

O Presidente da Concelhia do CDS-PP

Mondim de Basto

Fernando Gomes

 

Festival prossegue esta semana com mais 4 concertos no Centro Cultural Vila Flor
Randy Brecker e a big band alemã WDR encerram o Guimarães Jazz 2012
Randy Brecker.jpg
Passada a primeira semana do festival, repleta de acontecimentos jazzísticos pela cidade, com concertos memoráveis e lotações esgotadas, o Guimarães Jazz regressa em força já esta quarta-feira. A segunda semana de concertos abre com uma formação inédita que reúne um grupo impressivo de músicos emergentes na cena jazzística nova-iorquina. Esta formação, criada pelo saxofonista Jacam Manricks a convite do Guimarães Jazz, atuará na noite de quarta-feira sendo, ao mesmo tempo, responsável pela orientação das oficinas de jazz e pela condução das jam sessions que, esta semana, se realizam no Café Concerto do Centro Cultural Vila Flor. Jacam Manricks é um saxofonista australiano, de ascendência portuguesa, e uma figura emergente da cena jazzística de Nova Iorque. No Guimarães Jazz 2012 estará acompanhado pelo pianista Randy Ingram, o guitarrista Raoul Bjorkenheim, o contrabaixista Gianluca Renzi e o baterista Ross Pederson.
Na quinta-feira realiza-se a sétima edição do Projeto TOAP/Guimarães Jazz que, este ano, propõe um trabalho conjunto entre o músico João Paulo Esteves da Silva e a cada vez mais prestigiada Orquestra Jazz de Matosinhos, que irá interpretar composições da autoria do mencionado pianista e compositor. Nesta edição, o Guimarães Jazz redefiniu os contornos desta colaboração e, em vez do encontro entre jovens músicos de jazz nacionais e internacionais, optou por centrar a atenção num corpo de trabalho musical e artístico, oferendo a um músico português a possibilidade de ocupar um espaço raro em eventos de jazz com esta natureza. Como habitualmente, o concerto será gravado e posteriormente editado em formato discográfico. O programa inclui temas da autoria de João Paulo Esteves da Silva, com arranjos de Carlos Azevedo (“Certeza” e “Bela senão sem”), Pedro Guedes (“Tristo”, “Fado Menor” e “Canção Açoriana”), uma canção tradicional sefardita harmonizada pelo pianista, com arranjo de Pedro Guedes (“Moche Salyo Misraim”), e um sétimo tema, “A Candeia”, escrito e orquestrado pelo próprio pianista. No final do concerto, será lançada a edição discográfica da gravação do concerto do festival transato que contou com a participação do pianista Óscar Graça, o contrabaixista Demian Cabaud e três representantes do jazz nova-iorquino: Akiko Pavolka (voz e fender rhodes), Nate Radley (guitarra) e Jochen Rueckert (bateria).
O penúltimo dia do Guimarães Jazz será preenchido pelo concerto dos The Jazz Passengers. Este espetáculo insere-se no contexto da reunião do grupo após um período de hibernação de 12 anos e releva da incontornável influência da sua música no jazz atual. Nele, os The Jazz Passengers irão apresentar-se com um alinhamento de músicos composto pelos seus dois líderes e fundadores, Roy Nathanson (saxofone) e Curtis Fowlkes (trombone), bem como pelos elementos da formação original Bill Ware (vibrafone), Brad Jones (contrabaixo) e E.J. Rodriguez (bateria), aos quais se junta o violinista Sam Bardfeld (em substituição de Jim Nolet). Nesta versão “Re-United” lamenta-se apenas a ausência do excecional Marc Ribot que, detentor de uma linguagem inimitável, obrigou à exclusão da guitarra na segunda vida dos The Jazz Passengers, a qual, mesmo assim, devemos celebrar intensamente porque será, por certo, um dos momentos altos do festival.
No dia 17 de novembro, o trompetista Randy Brecker encerra a edição de 2012 do Guimarães Jazz acompanhado pela big band alemã WDR. Músico prolífico e extraordinariamente versátil, Brecker é, atualmente, uma figura respeitada não apenas no jazz mas também noutros universos musicais, sendo de assinalar a sua capacidade de equilíbrio entre uma postura de abertura a colaborações com músicos oriundos de territórios artísticos muito díspares (casos de Frank Zappa, Yoko Ono, Stevie Wonder, Jaco Pastorius Dave Liebman e Charlie Mingus, com quem gravou o seu último álbum, “Me Myself and Eye”) e, ao mesmo tempo, mantendo o seu compromisso de dedicação à sua própria música e composições. No concerto de encerramento do Guimarães Jazz 2012, Randy Brecker interpretará composições suas, acompanhado pela prestigiada big band alemã WDR, com quem o trompetista colaborou na gravação do álbum ao vivo “Some Skunk Funk”, de 2006, e que contou com a participação, entre outros, do seu irmão Michael Brecker (entretanto já falecido), do baterista Peter Erskine e do condutor e arranjador Vince Mendoza.
Todos os concertos terão lugar no Centro Cultural Vila Flor, às 22h00. Os bilhetes podem ser adquiridos no Centro Cultural Vila Flor, nas lojas Fnac, no El Corte Inglês, nas entidades aderentes da Bilheteira Online, no facebook do CCVF através da aplicação “Bilhetes”, bem como no site www.ccvf.pt onde poderá consultar toda a programação.