quinta-feira, 9 de junho de 2011


Estreia nacional da nova produção do Teatro Meridional
marca 2ª semana dos Festivais Gil Vicente, em Guimarães

ESPECIALISTAS_Foto_Guimarães2

Depois das apresentações das peças “As Três Irmãs”, de Nuno Cardoso, “O Filho da Europa”, de João Garcia Miguel, e “Dido e Eneias”, da companhia francesa Théâtre de la Mezzanine, os Festivais Gil Vicente prosseguem até sábado, dia 11 de Junho, no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães.

A Philosophia do Gabiru”, de Martim Pedroso, sobe ao palco do CCVF esta quinta-feira, dia 09. Título retirado de um dos capítulos do poema dramático “Os Pobres” (1906), “A Philosophia do Gabiru” visa explorar cenicamente aquilo que foram os sonhos, os devaneios, as angústias e as liberdades filosóficas de Raul Brandão (1867-1930), que soube documentar como ninguém, e de forma muito particular, um Portugal em profunda crise económica, política, moral e social, numa época em que o mundo atravessava as mais conturbadas mudanças. A figura do Gabiru – uma espécie de filósofo natural – é, acima de tudo, a projecção de um homem-autor que sempre quis ser maior, na vida de todos os dias, do que era e foi.

Na sexta-feira, o Teatro Meridional apresenta, em estreia nacional, a sua mais recente produção, “Especialistas”. Nas sociedades contemporâneas proliferam os “Especialistas”. Eles trabalham arduamente no sentido de clarificarem as causas de acontecimentos nas suas áreas de competência, fechando-as em linguagens e técnicas só por eles dominadas. Perante tal aura de mistério, o comum dos mortais sente-se naturalmente demitido, por não se encontrar na posse de tão complexa competência. A preparação de Comunicações Especializadas será o pretexto para se falar deste mecanismo das sociedades actuais, que torna o exercício da democracia num fenómeno muito parecido com a ordem das ditaduras.

A edição de 2011 dos Festivais Gil Vicente termina no sábado, dia 11, com “Snapshots”, do Teatro da Garagem. “Snapshots” invoca histórias de amor inscritas em fotografias. Miss Mara anda sempre com uma máquina fotográfica e fotografa sem olhar – é a mão que vê. O cenário onde se desenrola a peça é o estúdio de Miss Mara: um ecrã negro que ocupa o fundo de cena onde são projectados materiais videográficos, o chão é uma piscina de fotografias. Miss Mara tenta construir possibilidades ficcionais a partir do material fotográfico e cénico disponível. Cada história desenvolve-se a partir de uma fotografia e cada fotografia gera cada uma das personagens.

Todos os espectáculos têm início às 22h00. Os bilhetes encontram-se à venda no Centro Cultural Vila Flor, nas lojas Fnac e no site www.ccvf.pt onde é possível consultar toda a programação.

Sem comentários: