segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

5ª Edição da Matança do Porco da Freguesia de Mondim de Basto

 Mais uma vez ninguém ficou alheio à festa da tradição que se veio instalar em Mondim de Basto de comemorar a matança do porco, a exemplo do que acontece e acontecia em muitas aldeias minhotas e transmontanas. Era um acontecimento importante, que ocorria desde Dezembro a Fevereiro nas casas tradicionais portuguesas, que aproveitavam todos os condimentos desta carne suculenta para, por um lado, alimentar as bocas ao longo do ano, já que escasseava a carne, e por outro, preparar os enchidos e a afamada orelheira tão típica do domingo gordo e da terça-feira do Entrudo. Aliás a boa gastronomia portuguesa não fica indiferente às iguarias que dele resultam e fazem as nossas delícias: farinheiras, moiras, chouriças, costelas, rojões, salpicões e presuntos que faziam fartura e força para os trabalhos agrícolas.
Assim, nada melhor do que iniciar com uma caminhada programada a que o bom tempo nos brindou e se associou como um dia de primavera que já se avizinha. Do Parque de Campismo de Mondim de Basto deu-se o sinal de partida às tropas que rumaram ao desconhecido e belo que a natureza esconde e a aventura da descoberta nos motiva para as mãos de pequenos paraísos que ainda pairam nesta terra cheia de ilusões. O grupo era constituído por cerca de 130 pessoas vindas de vário lugares do norte do país,
Seguimos trilhos num trajecto ora acentuado, ora plano com o horizonte da Senhora da Graça a abençoar-nos como peregrinos em direcção ao alto. Reinava a harmonia e tranquilidade nestes ares despidos de inovação tecnológica, serpenteando rotas campestres e casinhas de pedra. Fomos contemplando e observando os vales, as paisagens verdejantes, as levadas, moinhos, calcorreando esconderijos silenciosos que vão perdendo a virgindade para o renascer da vida no eco dos passos que seguem em fila indiana. Desviamos para o lugar de Pedra Vedra onde espera um verdadeiro Mata Bicho à moda antiga que foi servido numa casa rural - cedida gentilmente pelo Sr. Francisco Vilas-Boas – que contemplava umas deliciosas pataniscas, broa caseira, febras de porco grelhadas tiradas na hora da peça, vinho verde e o famoso café no pote e, até houve tempo para dançar ao som da concertina do tocador, Luis da Etelvina.
De seguida descemos para o vale do Tâmega, artéria hidríca da nossa região que infelizmente será extinguido pela força do Poder Central e interesses económicos deste país que não olha a meios para atingir seus fins. Seguiu-se na direcção do lugar de Rebufa passando pela Vila com destino final no Parque de Campismo para o reconfortante almoço com as partes do porco. Abrigados bebemos, comemos, e o porco no espeto foi lentamente desaparecendo com o pão. Entretanto, a animação do feita pelo Tocado da Banda André proporcionou um alegre convívio que ajudou à digestão e a uma tarde cheia de dança e encanto.
Esta iniciativa da Junta de Freguesia com a parceria do Parque de Campismo, tem vindo ao longo destes 5 anos a solidificar os seus objectivos, dinamizar e atrair turistas por forma a conhecer a nossa terra e seus costumes. Neta 5ª Edicção, associaram-se cerca de 200 pessoas, campistas, grupos de caminheiros de Fafe, Matosinhos, Porto, Guimarães entre outros lugares.
A Organização, agradece a todos os participantes pela presença e o reconhecimento manifestado na nossa organização. Esta é a razão que nos motiva a continuar a trabalhar pelos nossos ideias na promoção turística e de lazer que o nosso pequeno e valiosíssimo recanto proporciona. Desde já, fica aqui o convite para o próximo programa, 25 DE ABRIL.

O Executivo

Entrevista a Lucio Machado

Afinal a volta a Portugal sempre vem a Mondim, e era uma das suas preocupações? 
Sim, tive sempre a noção de que se resolveria, aliás a empresa organizadora sempre se disponibilizou a baixar o valor, mas importante é que venha pois para as empresas locais é fundamental este evento realizar-se uma vez por ano.Em último caso poder-se-ia conjuntamente com Celorico repartir algumas despesas, de forma a que se mantivesse esta etapa, naturalmente com algum atractivo para esse concelho nosso vizinho.Erro seria deixar cair simplesmente a etapa.Sou a favor que Mondim e Celorico trabalhem no futuro nessa etapa, pois interessa a ambos.

O almoço idosos?,O famoso almoço dos idosos que você votou contra?
Não vejo que seja famoso, e deixe-me rectificá-lo, não fui eu que votei contra, mas sim os 3 dos cinco elementos que constituem a câmara.
Nós votamos contra por várias razões óbvias, primeiro porque segundo este presidente de câmara, não há dinheiro para nada, quando tenta justificar outras situações que lhe convém, e se não há dinheiro devemos infelizmente cortar naquilo que possamos mesmo que não gostemos. Depois acha sério que se apresente uma proposta aos vereadores para votarem baseado numa estimativa de 500 a 1000 euros de despesa para almoço de 700 idosos?Em lado nenhum isto acontece, deveriam trazer o custo por pessoa esperado, o critério para pagamento dos munícipes, ou é razoável considerar todos os idosos pessoas carênciadas?!Alguns até se ofenderiam com isso.E veja que em outros concelhos por via da crise e aonde já existia uma tradição de anos deste almoço, cortaram-no o ano passado e nós que temos uma situação difícil e até mais difícil do que esses concelhos queremos passar uma imagem daquilo que não somos nem temos.
Não teme que os idosos possam desgostar dessa sua opção?
Só temo a minha consciência e é ela que me norteia.Há 3 tipos de opiniões junto dos idosos que tenham falado com eles, e ouvido o que dizem e pensam.Uns compreendem e aceitam, outros que não estando suficientemente esclarecidos não gostaram, mas que com os esclarecimentos havidos também acatam e respeitam, e por fim aqueles que não aceitam, mesmo após esses esclarecimentos, mas a esses nada posso mais dizer, pois não aceitarão de qualquer outra forma.Agora uma coisa lhes digo, respeito-os a todos, e a grande maioria tem-me dito que é também a sua forma de ajudar o concelho.Sabe, a politica não se pode fazer só com um sorriso na boca, é preciso coragem e assumir as decisões que se tomam.É isso que faço e farei, respeitando todos por igual.
A nova estrutura da concelhia e porque não ser o Lucio Machado o líder??
Porque não sou militante, e aquela está muitíssimo bem entregue ao Prof.Fernando Silva.
Mas não corre o risco de o CDS-PP encontrar outro candidato, por via de uma outra escolha que a Concelhia possa ter?
Isso não me preocupa minimamente, pois se o CDS-PP entender ter um melhor candidato que faça essa opção ou escolha.Não acredito nisso, embora na politica tudo seja possível, mas as pessoas estão unidas á minha volta.Eu sou o candidato natural, alternativo a este executivo municipal socialista.Esta é a minha opinião, respeito todas as outras.Se houverem outros, que apareçam, pois na politica é pelo menos preciso coragem de aparecer, e se há algo que já provei a todos , foi a coragem de ter sido candidato pelo CDS-PP com uma baixíssima base eleitoral que o partido tinha.
Mudando de assunto, e saindo da politica propriamente dia para a vereação,
como um associativista convicto, como viu a aprovação do novo regulamento das associações?
Foi aprovado com o nosso voto contra, por razões de que não regulamenta absolutamente nada, por na minha opinião um principio importante nas associações e na subsidiação das mesmas tem que ver com a avaliação do trabalho das mesmas, e essa deve ser feita com a participação das associações, senão corremos o risco de apoiarmos mais aqueles que nos são mais afectos do ponto de vista politico ou outro.
Centro de escolar de Mondim oeste, tem sido também uma das vossas preocupações?
Trata-se de um projecto herdado pelo actual executivo, que sistematicamente tem referido isso para se desculpabilizar de alguns dos erros e problemas que contém.E se é verdade que se trata de uma herança do anterior executivo, não é menos verdade que alguns dos problemas, em concreto ao nível da segurança, já deveriam estar resolvidos, pois já acabou o primeiro período e já se iniciou o segundo.Mas este executivo tem sistematicamente a preocupação de retirar a “ água do seu capote”, ao ponto de dizer que é uma herança e que o funcionamento é da responsabilidade do agrupamento de escolas.O que se passa é que o equipamento é municipal, e os problemas que tem ao nível da segurança, têm de ser resolvidos por este executivo.
Mas o que tem escapado a muita gente, e que este executivo tem branqueado é que muitos dos problemas que o centro contém, são da responsabilidade deste executivo e só deste.Repare que o centro escolar de mondim oeste foi concebido para uma lotação de cerca de 200 alunos, e este executivo e não outro, aumentou a lotação do mesmo em mais 30% com a vinda dos alunos de atei apara mondim, mais 57 crianças.Assim criou 2 problemas em simultâneo, um o descontentamento dos munícipes de atei, e por outro o aumento da lotação do centro escolar, repito em mais 30% ,criou um problema ao funcionamento do centro.
Mas não se trata de um assunto em que a oposição quer ter aproveitamento politico?
A oposição paga por ter “gato” e por não ter.Se não dizemos nada, criticam-nos por omissão, se o fazemos queremos aproveitamento.Bom enfim, fazemos aquilo que a nossa consciência manda.Repare que demos um credito ao actual executivo para resolver estes problemas em conjunto com a associação de pais e o agrupamento de escolas.Agora que acabou o primeiro período exige-se que no inicio do próximo os problemas estejam resolvidos, aliás foi isso que nos disseram em reunião de câmara, quando em primeira instancia exigimos esclarecimentos.
E já agora relativamente á situação de atei e a vinda das crianças para Mondim?
Votamos contra por várias razões, primeiro, porque consideramos que uma escola é o último elemento cultural de um local, depois promove de alguma forma o tecido económico, por fim, tratam-se de duas escolas, parada e atei-praça, que têm mais de 21 alunos, somadas tinham 57.
O executivo acusam-no de instigar os pais e encarregados de educação?
Olha não me faça rir, que o assunto é sério.As pessoas de atei são gente esclarecida e que pensam por cabeça própria.O que verdadeiramente instiga as pessoas de atei, é o facto de este executivo andar em campanha eleitoral em Outubro a prometer o centro escolar de atei e em Abril dizer que não era possível porque não havia alunos, sendo que os alunos eram precisamente os mesmos de Outubro.Por outro lado, o que instiga as pessoas de atei, é após ter vindo a reunião de câmara uma proposta para trazer os alunos de atei para mondim, numa segunda feira, e a proposta ter sido aprovada por este executivo com o nosso voto contra, e posteriormente numa reunião com os pais terem-lhes dito que não era possível construir o centro escolar mas que as escolas de atei não fechariam e que se iriam fazer algumas obras de melhoramento das escolas.
Não fui eu que prometi o centro escolar em atei em campanha, não fui eu que lhes disse que melhoraria as escolas e não as fecharia.É isto que instiga as pessoas, prometer uma coisa e fazer outra, há aliás um termo para isto, mas que eu deixo ás pessoas as conclusões.
E o centro de saúde?
Este problema vem de trás, agravado agora com a aposentação de um médico.A nossa preocupação é legitima e manter-se-á na ordem do dia até o problema estar resolvido.
Com a nossa preocupação, o executivo marcou uma reunião com o director do agrupamento de centros de saúde da área que pertencemos, Dr.Botelho, do qual entre outras coisas exigimos respostas claras relativas á reposiação do horário das 8 h ás 20 h, o mais rapidamente possível, informamos dos atropelos que os nossos utentes têm tido, andando nalguns casos de mondim para cabeceiras, e dali para Guimarães e posteriormente nalguns casos para vila real.Foi esclarecido, facto que o Dr.Botelho desconhecia, que serão informados os hospitais de Vila Real e de Guimaraes que terão a obrigação de receber e tratar os utentes vindos de mondim de basto.
Então Mondim não tem hospital de referencia??
Importa dizer que o hospital de referencia é aquele aonde o utente se deve dirigir, e mondim não tem um mas sim dois, o de vila real e o de Guimarães, devendo os utentes escolherem o que melhor lhes convier.
Os nossos médicos cá já fazem isso, perguntando qual o hospital que o utente quer ir, mas naqueles hospitais(Guimarães e vila real) ás vezes a informação não é clara, mas será dada uma indicação clara áqueles para receber os nossos utentes, e tratá-los devidamente.
Ficou claro que mondim tem um problema que se resolveria com 6 médicos, sendo que 5 já atenua a situação, e é nesse quinto médico que se deve trabalhar.
Ficou claro ainda de que sem atractivos para os médicos eles não virão. Cabe á autarquia encontrar esses atractivos e nós estamos disponíveis para em sede de câmara apoiar essas medidas, que no nosso entender passa por ceder habitação aos médicos gratuita, e o agrupamento de centros de saúde foi claro que com incentivos os médicos, neste caso o quinto médico viria.Não adianta esperar mais nada, é avançar, o problema está identificado e a solução também.
E uma unidade móvel de saúde, não ajudaria?
Sim ajuda, e é uma medida pacifica pois todos os partidos em campanha eleitoral prometeram-na, daí que este executivo deve traze-la a reunião de câmara quanto antes.Aliás na reunião com o Dr.Botelho, também esta situação ficou clara, e que contaríamos com o apoio dele (agrupamento), aliás ele próprio já havia falado no anterior mandato com o anterior executivo e com o anterior presidente de câmara Pinto de Moura sobre esta matéria, não sendo um assunto novo, pois já havia um compormisso assumido pelo Dr.Botelho e Pinto Moura.

E o sector económico e empresarial de Mondim, aonde você tem responsabilidades acrescidas?
Existe a ausência de um projecto no sector empresarial de Mondim, revelando este executivo um insensibilidade para as empresas e indiferença para com a associação empresarial que as represente
Insensibilidade pois a câmara chega nalgumas circunstancias a fazer concorrência ao privado, ás empresas, em vez de as apoiar, veja o caso da promoção por parte da câmara de aulas de dança, com contratação de um professor para tal, que se encontra disponível para todos os munícipes, para os que mais precisam e outros, num horário que prejudica os empresários que investiram para tal, que pagam impostos e fomentam o emprego.Isto só por insensibilidade.Mas veja, eu considero que a câmara deve ser a primeira entidade a dar o exemplo e a promover o “comprar em Mondim”, pois só assim poderemos defender o emprego no nosso concelho, e é incompreensível que a câmara compre serviços e produtos fora do nosso concelho, nomeadamente no concelho de Celorico, quando tem-nos em Mondim em quantidade ,preço e qualidade semelhante ou até melhor nalguns casos.Isto não é defender nem proteger o emprego em Mondim.Não vejo a câmara de Celorico ou Cabeceiras a virem comprar a Mondim produtos e serviços que tenham nos seus concelhos.
Indiferença para com a associação empresarial, que por mera coincidência sou eu o presidente da mesma, não facultaram um espaço para sede, quando havia um compromisso do anterior executivo e anterior presidente de câmara de nos cedere o antigo espaço do posto de turismo.Ouço da parte deste executivo argumentos de que a associação empresarial recebe quotas e que se querem uma sede devem-na pagar.Isto revela um total desconhecimento, para não ir mais longe, preocupante e lamentável, quando no staf politico deste executivo está um dos co-fundadores da mesma associação,era bom que o ouvissem e/ou que ele tivesse mais peso em termos de voz dentro do grupo politico.
A câmara já deveria ter chamado os empresários e verificar as suas preocupações e problemas, ou então ouvir a associação empresarial.Há empresários que vão sair de mondim e vão para os concelhos vizinhos, era importante saber porquê, e se podemos inverter essas decisões. Não há uma única medida incentivadora para que se invista no nosso concelho, e assim não há milagres, Mondim seguramente que não está no mapa dos empresários!
Este executivo está a criar um concelho para ninguém, pois a este ritmo não teremos pessoas nos próximos anos!Esta imagem pode ter alguma dose de exagero, mas é a minha visão do que acontecerá daqui a 15 anos com estas politicas, ou antes pela ausência delas.
E os incentivos á natalidade não podem ajudar as pessoas?
O que ajuda os casais e o que fixa as pessoas é haver emprego.Ninguém vai ter mais filhos só porque existem incentivos á natalidade.Podemos e devemos ajudar as pessoas, mas essa medida só atenua as dificuldades das famailias, mas não as incentiva, aliás isso já foi suficientemente testado noutros concelhos até de Basto, sem o resultado prático.
Mondim é dos concelhos de Basto mais afectados pela barragem do Fridão, qual a sua opinião?
Direi que em termos de impacto na vida das pessoas será o mais afectado.
Mas relativamente a este assunto, como sabe, defendemos em campanha eleitoral que a EDP deveria pagar mensalmente uma renda por via da produção de energia.Fomos os únicos a exigir isso, e fomos tremendamente criticados por todos, chamaram-me inclusivamente de “louco”, dizendo que não havia enquadramento legar para tal.Passados alguns meses, 4 meses, verifiquei que os autarcas de bastos se juntaram para exigir á EDP 2,5% sobre a produção, e fiquei satisfeito, porque deixei de ser louco sozinho, e nunca ninguém passado tão pouco tempo passou a ter razão.Ainda bem!
Mas deixe-me ser louco mais uma vez, e sugiro que os autarcas de basto em conjunto com os do baixo Tâmega, se juntem para exigir da EDP a reposição do IMI que é pago pelos terrenos que serão ocupados pela barragem e/ou condicionados por aquela, e que os municípios se verão privados de tal receita.Também sugiro que esses mesmos autarcas se juntem para exigir á EDP a derrama relativa ao lucro da produção na barragem do Fridão, que é estimável e perfeitamente calculável, e que essa seja paga nestes mesmos concelhos e não em Lisboa.Aliás, copiando aquilo que os autarcas do alto Tâmega estão a fazer, e aproveitando ainda as palavras do primeiro ministro josé Sócrates aquando da sua visita ao alto Tâmega, e da abertura para pressionar a EDP a fazê-lo.Penso que agora já não serei demasiado louco, pois “um louco que passa a ter razão, normalmente já é mais ouvido e respeitado na sua hipotética segunda dose de loucura”.
Mas não acha que esse valor já é pago nos 2,5% que os autarcas exigem?
Não, esse é um engano de muitos.São coisas completamente diferentes.
Veja os 2,5% pagam a ocupação dos terrenos, embora eu não concorde com o valor percentual, pois ele é sobre a produção, e se não houver produção, ou se ela for muito baixa, que são cenários possíveis, o valor a receber é baixo, o que não faz sentido, pois a ocupação da barragem é independente da produção.
Então como faria?
Deveria ser uma valor fixo, uma renda mensal.
E a derrama é um pagamento do imposto sobre os lucros, que é paga na sede da empresa, em Lisboa, o que é injusto, pois os efeitos negativos da barragem são cá, daí que as receitas também o devam ser, não acha?!Sabe que há muita gente, nomeadamente políticos deste país que acham as barragens o máximo, porque de facto receberem receitas, quando os impactos estão noutras regiões é de facto uma maravilha!
Mas em relação á barragem do fridão, vejo as pessoas directamente afectadas bastante sozinhas, e deveriam estar mais unidas de forma a poderem defender-se em conjunto, como forma de ganharem força e poderem exigir os seus legítimos interesses, não o fazendo de forma isolada, o que lhes retira força e capacidade de negociação.
É um alerta para as pessoas?
Não, é fruto da experiencia que tenho, dos vários estudos que acompanhei na Universidade, de construção de barragens, e dos seus efeitos, concluiu-se que em todos os locais aonde a negociação foi feita de forma isolada o preço por metro quadrado foi mais baixo, relativamente á negociação conjunta que outros noutros locais fizeram.
Vejo-o ao contrário do habitual muito critico?
Não percebo essa sua afirmação!
Refiro-me ao número de criticas que faz..
Não, eu não critico com o objectivo do maior ou menor número de criticas que faço.Faço-as porque entendo serem justas, e que, das quais se o executivo municipal for inteligente pode retirar algo de positivo, para que no fundo desenvolvamos o concelho. E deixe-me dizer-lhe mais, Ninguém mais do que eu quer que o nosso concelho se desenvolva, sou de cá, tenho investimentos cá, quero que os meus filhos amem Mondim como eu, e se mo permitirem escolher, quero morrer cá!
E a não continuação do seu colega Dr.Augusto Brito na vereação?
Importa dizer que o Dr.Augusto Brito suspendeu por um ano a sua participação na vereação, pelos motivos que são públicos, razões profissionais, pela assunção de um cargo directivo dos Hospitais Privados.Mas deixe-me dizer-lhe que agradeço imenso o trabalho que fizemos juntos, e o seu empenhamento apesar das dificuldades naturais de agenda, que um médico e cirurgião tem. Louvo-lhe o esforço.Entrou um novo colega, o Manuel Mota, que apesar de o conhecer muitíssimo bem, foi uma escolha minha para a lista, consegue surpreender positivamente, pela rápida adaptação ás suas novas funções de vereador.O que me congratulo pois confirma aquilo que eu conhecia dele e deixa-me sossegado, a mim e aos Mondinenses de que faremos um trabalho cada vez melhor e merecedor da confiança que em nós depositaram.



In Povo de Basto

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Nucleo Empresarial Mondim de Basto

Estando o NEMB (Nucleo Empresarial de Mondim de Basto) desde a sua fundação sem contar com a existência de um espaço físico que viesse a suprir as necessidades da Direcção na sua acção, e que fosse ao encontro das necessidades dos sócios e da comunidade na obtenção do apoio que o NEMB presta ao nível dos serviços, projectos e demais assuntos relacionados com a actividade económica, foi inaugurada no passado mês de Dezembro a sede do Núcleo Empresarial de Mondim no Edifício João Paulo Coelho (variante à Rua José Maria Alpoim) junto à Loja "O Dedal".
Miguel Pinheiro responsável pela Direcção Media e Projectos especiais do NEMB lembrou em entrevista que o momento dificil da nossa economia carece de uma atitude de esperança, vontade de inovar e "pensar fora da caixa", para os empresarios não perderem a competitividade e o dinamismo dos seus negócios.
Igualmente salientou quais as funções disponiveis na sede do NEMB para todos os associados:

Estarão ao dispor de todos de 2ª a Sábado nas horas de expediente.
Para os que pretendam vir a associar-se ou pensam iniciar uma actividade económica ou profissional por conta própria, este espaço também está à sua disposição.
Para um contacto mais imediato lembra-mos que estamos no Facebook em Mondim Núcleo Empresarial ou pelo mail nemb@nemb.org

- Inscrições na ACIVR e AIGRA
- Formação Profissional.
- Apoio ao empreendedorismo.
- Projectos de candidatura a incentivos.
- Informação geral ao empresário.
- Pagamento de quotas.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Galeria Gomes Alves

 

SESSÃO DE ESCLARECIMENTO

A Junta de Freguesia de Mondim de Basto irá promover em conjunto com um jurista - com larga experiência no âmbito das expropriações, no próximo dia 16 de Fevereiro, pelas 21h00 no auditório do Agrupamento de Escolas, uma sessão de esclarecimento para auxiliar os proprietários afectados pela Barragem do Fridão, nas seguintes informações:
- Quais as etapas de um processo de expropriação
- Quais as documentações necessárias
- Como podem os proprietários reclamar os seus direitos no caso de expropriação

Esta iniciativa tem como objectivo abordar o processo de expropriação, enumerar as suas etapas e clarificar junto dos futuros expropriados quais os direitos que têm neste mesmo processo.



09.Fevereiro.2011                                                                   O Executivo

sábado, 12 de fevereiro de 2011

CHATINHOBASTO DÁ LUGAR A XATINHOBASTO MAS MANTÉM A MESMA LINHA EDITORIAL

Por razões que eu desconheço em absoluto, o meu blogue Chatinhobasto.blogspot.com, foi pura e simplesmente apagado, impedindo desta forma as largas centenas dos seus leitores,espalhados pelo seu pais , de Lisboa , Leiria, Santa Tirso , Braga , Guimarães , Celorico Mondim ,, Chaves etc , e da diáspora Mondinense espalhada pelo Mundo, da Suiça , França , Espanha , Brasil Luxemburgo de lhe ter acesso.
Se o seu desaparecimento foi prepositadamente feito com a intenção malvada, ou simplesmente se deve a algum estranho fenómeno , não sei. O que sei é que alguém ou algo o riscou do mapa e que com o seu desaparecimento se perderam dois anos de trabalho e um património, essencialmente cultural , de alguma relevância . Isto para além de privar os mondinenses da diaspora de através dele manterem um curto contacto com a sua terra e as suas gentes. Mas como nós não somos daqueles de chorar sobre o leite derramado aqui fica o endereço do novo blogue que no fundo apenas mudou de Chatinho com CH para Xatinho com X . Ou seja os nossos leitores a partir de agora , para lhe terem acesso devem escrever o seguinte endereço: Xatinhobasto.blogspot.com . Para enviarem noticias devem fazé-lo para o mail xatinho_basto@hotmail.com.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

MATANÇA DO PORCO LEVOU VIMARANENSES A TERRAS DE MONDIM DE BASTO

A tradição ainda é o que era e mais uma vez a junta de freguesia de Mondim, presidida por Fernando Gomes, cumpriu com o ritual da matança do porco. Cerca de dezena e meia de vimaranenses, alguns deles com raízes em traz-os-montes, deslocaram-se propositadamente ao local para degustar o bicho já morto e esventrado no dia anterior. O repasto começou às 11:00h da manhã com um mata bicho, servido numa casa de campo no local de Pedra Vedra e terminou com um lauto almoço servido no parque de campismo da vila, animada com música tradicional por um grupo de música popular. A comitiva já com o estômago reconfortado teve ainda a oportunidade de apreciar algumas das belezas naturais desta terra transmontana com destaque para o rio Cabril e a sua ponte medieval e panorâmicas de cortar fôlego. Satisfeitos com o resultado os convidados prometeram regressar novamente para o ano que vem mas desta vez com o caudal a engrossar a corrente humana.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Exposição de Engrácia Cardoso na Galeria Gomes Alves


Na passada sexta-feira, 14 de Janeiro, foi inaugurada na Galeria Gomes Alves, uma exposição de Engrácia Cardoso denominada, Enciclopédia. Nem o muito frio que se fazia sentir nesse dia impediu os convidados de aparecer em grande número e o sucesso da exposição foi imediato. Os elogios aos trabalhos expostos surgiram em todo o lado e o número bastante significativo de obras passou a ser pertença de coleccionadores particulares. O N.G. esteve lá e em breve conversa que manteve com a artista ficou a saber que a Enciclopédia, um projecto de desenho é uma colecção de dados de viagens e de conhecimento, em que a relação homem/animal é explorada na perspectiva da partilha do espaço físico em oposição a uma visão de cumplicidade. O desenho é construído na folha de papel sem uma intenção prévia, partindo para a construção e o coleccionismo de formas, fazendo a ponte com os conhecimentos adquiridos ao longo de uma passagem. A figura que se apresenta no desenho personifica a passagem do tempo. A personagem cresce e envelhece e no fim da sua vida está presa a um lugar sem contudo se desligar do que se passa à sua volta. Os animais cheios de vitalidade e força deslocam-se ao longo da folha revelando as suas caracteristicas. Cada animal caminha num sentido fazendo parte do todo, mas seguindo a sua singularidade. As figuras não interagem, são recortes, formas, linhas e manchas - no fundo são energia. A tinta-da-china numa primeira parte essencial a uma minúcia - rapidamente se desmoronou pelos pequenos pingos, sujidades e pinceladas de cor que, cintilando e distraindo, dão ao observador um caminho de ritmos no processo de construção. O reconhecimento no espaço partilhado, de relações de culturas antigas com as outras espécies em harmonia com o meio envolvente e respeito pela diferença sobrepõe-se neste projecto a uma superioridade em que domina apenas uma força que retira energia ao todo, criando um espaço desequilibrado, monótono, triste e solitário. Algumas figuras estão envoltas numa solidão que não é necessariamente má, na verdade ela existe e faz parte do crescimento. A solidão é aqui uma consciência da diferença porque não é possivel a seres de diferentes espécies a partilha de uma linguagem comum e isso cria um silencio.
Engrácia Cardoso, nasceu em Tomar em 1976. Vive e trabalha em Lisboa. Durante alguns anos residiu em Guimarães, licenciando-se em Desenho pela ESAP. Do seu curriculo faz parte os prémios a Bolsa Prémio Viagem Henrique Silva, Bienal de Cerveira, em 2008/2009 e o VIII Grande Prémio de Pintura Fidelidade Mundial em 2004.

António Martins

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

À memória de um dos maiores vultos da televisão mundial

Carlos Pinto Coelho,
Deixou-nos…”

O Dr. Carlos Nuno Abreu Pinto Coelho, deixou-nos num mar de enorme saudade.
Apesar de ter nascido em Lisboa, era um grande Mondinense, que nunca esquecia a terra de seus pais e avós, na velhinha Casa do Balcão em Mondim de Basto, onde passava as suas férias na sua infância.
Viveu a sua juventude na antiga Lourenço Marques, ( hoje cidade de Maputo ), onde o seu pai era Juiz de Direito.
Mas foi em Portugal que desenvolveu toda a sua actividade profissional, no jornalismo, na televisão e na rádio.
Trabalhou no Diário de Notícias e foi o fundador do “Jornal Novo” em 1975, dirigido por Artur Portela Filho.
Foi ainda redactor da Agência de Notícias (ANI), correspondente em Portugal da Rádio Deutsche Welle e redactor da revista Vida Mundial, dirigida por Natália Correia.
Na Radiotelevisão Portuguesa, foi director adjunto de informação –canal/2, realizador e apresentador de programas na TSF, Rádio Comercial, RDP-Antena – 1, Rádio Macau e no programa, “Agora Acontece”, emitido actualmente em 89 estações de rádio locais.
Foi ainda Professor de Jornalismo na E.T.I.C. de Lisboa; Professor de Jornalismo no Instituto Politécnico de Tomar e na Escola Superior de Tecnologia de Abrantes. Foi também membro do Conselho de Opinião da RDP, da Direcção da Sociedade de Autores e da Comissão Nacional dos Descobrimentos.
Internacionalmente, era Membro do Conselho de Administração do consórcio europeu de televisões, Europa TV ( Hilversum, Holanda.
Coordenador dos Encontros de Televisões de Língua Portuguesa: Lisboa – S.Paulo/Rio de Janeiro – Sal (Cabo Verde).
Presidente eleito do Comité Est – Ouest da Université Radiophonique et Televisuelle International (URTI – Paris ).
Representante do Ministério da Cultura de Portugal na “Reunião de Televisões Ibéricas” – México.


Foi Comendador da Ordem do Infante e recebeu os prémios “Bordalo” de televisão na Casa da Imprensa, etc.
Em 20 de Março de 2007, foi nomeado, “O Português Mais Importante da História da Televisão” em Portugal, por votação dos ouvintes do Rádio Clube Português.
O seu programa “ACONTECE”, estou certo, que irá ficar gravado na memória de todos os portugueses, pela grande qualidade do seu conteúdo e principalmente pela beleza das suas palavras.
Ele, era meu grande amigo…e tinha-se disponibilizado para escrever o “prefácio” do meu novo livro, “AS ORIGENS E A LINHAGEM DA FAMÍLIA PINTO COELHO”, que já tenho praticamente terminado, e que ele acompanhava de perto com grande entusiasmo. Na passada semana, ( dois dias antes da sua morte ), perguntou-me como estava o livro, que gostava de ver e analisar antes de ele ser editado. Infelizmente, nem o leu, nem acabou o prefácio que me tinha prometido. A sua filha, “Dr.ª Bárbara Pinto Coelho”, já se disponibilizou para o escrever em memória de seu Pai.
Fiquei muito sensibilizado e eternamente grato.
Gostaria de recordar aqui, uma carta que escreveu aos Mondinenses em 2 007, por não poder estar presente no evento realizado pela Junta de Freguesia de Mondim de Basto, - “Contar, Cantar e Pintar Mondim”:

Mondinenses, apenas uma breve mensagem, na impossibilidade de estar convosco, neste dia que estou certo, vai ficar na memória desta terra.
Não nasci aqui, mas Mondim de Basto acompanha-me desde o berço, através da figura tutelar de meu Pai, José Augusto, homem bom e de valores, fiel às causas em que acreditava, para quem as leis e a Justiça dos homens tinham de estar sempre ao serviço da Justiça divina. Era um homem honesto, são e tolerante, o meu Pai José Augusto.
Meses depois do meu nascimento, em Lisboa, meus pais vieram mostrar-me aos meus avós e tios, na Casa do Balcão, que ainda hoje lá está, bem no centro da vila, diante da Misericórdia. E ainda existe uma velha fotografia, comigo e toda a família reunida nas escadarias de pedra junto junto ao portão de ferro. Ali está o meu avô Carlos Zeferino, o médico enérgico que ia pelos montes, a cavalo, visitar os seus doentes e dava consultas grátis aos pobres, no seu consultório nas caves da Casa do Balcão, junto à entrada principal.
Voltei a Mondim, quando já era adolescente. Aqui vivi um ano inteiro. E é desse tempo que guardo um tesouro de memórias de uma terra ordeira e pacata, de gente nem sempre feliz mas sempre honesta, gente humilde como o nosso caseiro senhor Avelino e famílias senhoriais que recebiam os pobres aos sábados de manhã, para lhes dar uma malga de caldo verde e broa acabada de cozer.


Era a “Mondim” das sessões de cinema ambulante na sala dos Bombeiros Voluntários, das carreiras da Auto-Mondinense que traziam do Porto os jornais de
meu Pai e o meu “Cavaleiro Andante”, e da pisa das uvas no grande lagar que havia nos baixos da Casa do Balcão.
Não quero prolongar esta mensagem, que já vai longa demais.
Fique apenas uma última palavra, do meu grande orgulho pelo Pai que tive, e que tanto amou a sua terra de berço, Mondim de Basto”.
  1. Carlos Pinto Coelho

Foi este homem, este grande filho dos Pinto Coelho da Casa do Balcão de Mondim de Basto, que nos deixou.
Paz à sua alma; resta-nos a saudade e a memória de um homem com “H” enorme…

Teixeira da Silva